Vadico de Orleans | Biografia
Osvaldo Pfützenreuter (Vadico)
Osvaldo Pfützenreuter (Vadico)

Nasceu em Orleans-SC, aos 11 de maio de 1913 e faleceu em Curitiba-PR, aos 12 de maio de 1996, com 83 anos. Está sepultado em Orleans.
Filho de Otto Pfützenreuter e Hermelina Minatti Pfützenreuter. A prole era composta dos seguintes irmãos, pela ordem; Paulo, Osvaldo, Nelly, Oscar, Emília, Carmen e Rute. Casou-se em 15 de abril de 1939 com Leônía Aguiar, natural de Gravatal. Tiveram sete filhos, todos nascidos em Orleans: Rudney Otto, Rui Osvaldo, Roséris Maria, Reinaldo José, Roberto Oscar, Rogério e Regina Célia.
Cursos: Primário no Grupo Escolar Costa Carneiro, de Orleans. Depois Curso de Coletor Federal e Regente de Corais.
Teve as seguintes profissões: Alfaiate, Fotógrafo, Datilógrafo, Adjunto de Promotor Público da Comarca, Escrivão Substituto da Coletoria Estadual, Escrivão, Secretário do Orleans Tênis Clube e Exator da Coletoria Federal. Neste último, Exator Federal, trabalhou pôr 35anos, juntamente com o Sr, Manoel Bertoncini.
Quando criança seu primeiro instrumento foi gaita de boca, Com 13 anos já tocava muitas musicas no violino. As que mais gostava de tocar eram: Oh Rosa, Galo Preto e Gabiróba. Com15 anos apresentou-se pela primeira vez em público, tocando cavaquinho na inauguração do Clube 14 de julho de Orleans.
Serviu o Exército em 1932, no 14° Batalhão de Caçadores em Florianópolis, de onde seguiu para combater na linha de frente na Revolução Constitucionalista de São Paulo. Na linha de frente nas cidades de Itararé, Coração de Capão Bonito, Buri e Gramadinho-SP. Foi nomeado auxiliar de professor na escola regimental. Passou no concurso para cabo e não recebeu divisa pôr falta de vaga. Tocava violino a noite para os oficiais.
Nos fins dos anos 30 mudou-se para Urussanga, foi datilógrafo do Cartório do Crime e Cível da Comarca. Participou do Conjunto Bando Alegre. Seus componentes eram: Aristeu Avila-soprano/clarineta, Aurélio Trento-tromboni, Walmor Hulbert-pistom, José Escaravaco e Egidio-banjo/cavaquinho e Antônio Marcolino-bateria. Tocaram em Laguna, Criciúma, Nova Veneza, Cocal, Tubarão, Orleans, Lauro Muller, Braço do Norte e Capivari.
Em Orleans tocou na banda estrela do Oriente, os intrumentos foram trompa barítono e trombone, foi regente dos Corais Santa Cecília e Hermelina Pfutzenreuter, e ainda organista pôr 26 anos na Igreja Matris.
Em 1940 assumiu como escrivão a coletoria federal de São Joaquim ao lado de Teófílo Mattos. Foi convidado a tocar trombone na Banda Mozart Joaquinense pelo maestro Leonel Porto, que tocou pela primeira vez o dobrado de Vadico que o batizou naquela data de Dezenove de novembro. Tocava violino na igreja com o coral, participou de um conjunto para bailes com os membros da banda. Tocava na "A voz Cabocla" que era um serviço de alto-falantes instalado junto ao cinema da cidade.
No fim dos anos 50, forma parte em Orleans do Lourival Longo e seu Conjunto, com Otto Medeiros (Pistom) Enzo Campos e Angelo Alberton (bateria), entre outros. Tocaram muitos bailes na região e com dois violinos na inauguração do Clube de Rio Deserto em Urussanga, com a presença de Aldo Speck de Lauro Muller.
Urna particularidade: Para tocar um baile em Bom Jardim da Serra, os músicos tiveram que subir a pé a Serra do Rio do Rastro com seus instrumentos.
Em 1963 compõe para sua terra natal o dobrado Cinqüentenário de Orleans, e se apresenta no Clube União Orleanense, em baile das debutantes, estreando a valsa Regina Célia, composta para sua filha, acompanhado do Conjunto Melódico Ravena de Laguna.
Em 1967/68 foi professor de canto orfeônico, no Colégio Normal Toneza Cascaes de Orleans. Organiza uma Bandinha feminina de flautinha desfilando com os alunos pelas ruas naquele 7 de setembro. Em 1978 com Luiz Marcolino, faz gravação para o programa "Saudade não tem Idade" para Radio Difusora de Laguna.
Em 16 de abril de 1972 emitiu carta pública ao Senhor Presidente da República, (lida no Congresso Nacional e mundialmente divulgada), denunciando e solicitando esclarecimento sobre o paradeiro de seu filho jornalista Rui Oswaldo Aguiar Pfützenreuter (29 anos). Mais tarde veio a se confirmar, foi ele assassinado pelo Exército e sepultado como indigente no Cemitério de Perus-SP, sendo posteriormente transladado para Orleans.
Em 1981 fez parte do Conjunto Seresta, com Aurélio Santos Soares - violão e as cantoras Marines Wendhausen Bongiolo e Thamara Ramos dos Santos. Fizeram varias apresentações dominicais no programa Almoçando com Musica, da Radio Garibaldi de Laguna e serenatas marcantes, com outros companheiros, como algumas vezes na casa da poetisa Donatila Borba na cidade de Criciúma. Regeu nesta época pôr algumas vezes o Coral Nsa. Sra. dos Navegantes da cidade Laguna.
Participou do Conjunto Musical Pedacinho do Céu e Banda Mozart Joaquinense em São Joaquim, Conjunto Cassino Tropical em Tubarão, Banda Estrela do Oriente, Conjunto Som 4 e New Orleans Band em Orleans. Seus instrumentos foram trompa, trombone, cavaquinho, violão, órgão e, a maior especialização, violino.
Apresentou-se pôr varias vezes na Rádio Guarujá de Orleans, acompanhando duplas sertanejas e concedendo entrevistas, nas estações de televisão de Curitiba, Canal 4 e Canal 12; na TV Coroados de Londrina, na TV Eldorado de Criciúma e de Florianópolis. Nos anos 1992 /93 apresenta-se pôr varias vezes com o Conjunto Choro e Seresta, no Largo da Ordem em Curitiba.
Suas composições foram os dobrados Dezenove de Novembro e Cinqüentenário de Orleans.
Seu maior parceiro foi o Padre, poeta e músico, Cornélio DalI'Alba. Fez as seguintes letras dos hinos: Orleans Nonagenária, Centenário de Urussanga, Murialdo, do Apicultor, do Coral Hermelina Pfutzenreuter e para canto Minha Orleans, e uma Canção de Ninar Dorme Nené.
Com letra do Padre e escritor João Leonir Dall'Alba Sinos de Orleans (oficializado hino do município), Com o Poeta Luiz Carminati o Hino da Academia Orleanense de Letras. Com Monsenhor Agenor Neves Marques de Urussanga o hino do Centenário de Orleans.

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